Futuro candidato

Protógenes diz que população clama por sua candidatura

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18 de abril de 2009, 17h54

Em entrevista à revista Época, o delegado federal Protógenes Queiroz admite que pode se candidatar a cargo político e que a pressão da população é muito grande para que isso aconteça. Na conversa com a jornalista Mariana Lucena, ele acrescenta que já foi sondado por quatro partidos: PSOL, PT, PDT e PSDB.

“Se eu for candidato, as famílias de alguns criminosos que prendi ou investiguei, como Boris Berezovsky e Law Kin Chong, votariam em mim”, diz. O bilionário russo Berezovsky é acusado de lavar dinheiro no Corinthians. O empresário de origem chinesa Law foi preso em São Paulo, acusado de contrabando.

Protógenes Queiroz ficará afastado da PF por 90 dias, por ter participado de um comício político em Poços de Caldas, em setembro do ano passado.

Leia a entrevista da revista Época

O senhor cogita se candidatar a um cargo eletivo?
Protógenes Queiroz — A população está me conduzindo a este processo. Há uma pressão pública para isso, pela imprensa, pelo meu dia a dia. Representantes de partidos me chamam para um diálogo, da política brasileira e da cidade de São Paulo. Um representante de um partido importante, o Paulinho da Força, do PDT, falou: “Protógenes, nós não discutimos política em São Paulo sem você”. Do PSOL, o deputado federal Ivan Valente verbalizou a mesma coisa. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o próprio Fernando Capez (PSDB-SP) disseram que não se discute (política em São Paulo sem Protógenes).

E o senhor vai ceder a essa pressão?
Protógenes — A pressão é muito grande. Pode ser que isso ocorra no futuro. Eu garanto até que, se eu for candidato a algum cargo político, as famílias de alguns criminosos que prendi e investiguei, como Boris Berezovsky e Law Kin Chong, votariam em mim.

O senhor se identifica mais com partidos de centro-esquerda?
Protógenes — Sim, sim. Mas prefiro não colocar o cenário político-partidário. Ainda não existe um partido que eu escolheria, porque ainda não tenho experiência neste jogo. Não acredito nos políticos brasileiros. Hoje, não tenho simpatia por nenhum partido, nem mesmo pelo PSOL, porque acho que o sistema político-partidário é falido.

O diretor da novela Poder paralelo, da TV Record, disse que o protagonista é inspirado no senhor “porque é um policial que não gosta de corrupção”. Isso significa que a parcela da população que freqüenta a Igreja Universal o apoia?
Protógenes — Sim, há um apoio por incrível que pareça, já que sou católico devoto —, quase uma unanimidade. Inclusive a primeira manifestação pública a meu favor foi da Universal, logo depois da execução da Satiagraha.

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