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Primeiro ministro tailandês deve renunciar, diz tribunal

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9 de setembro de 2008, 15h27

O primeiro ministro da Tailândia, Samak Sundaravej, deve renunciar ao cargo. Motivo: ele apresenta um programa de culinária na TV. O entendimento é do Tribunal Constitucional daquele país, que considerou que o primeiro ministro estava trabalhando em empresa privada, o que é vedado pela Constituição tailandesa. A informação é do jornal El País.

“O trabalho nessa empresa [produtora do programa televisivo] pode ser considerado um emprego”, afirmou o juiz. Para o tribunal, o mandato do primeiro ministro terminou e os ministros podem continuar em suas funções por mais 30 dias, desde que não sejam orientados por Sundaravej.

O primeiro ministro alegou que não é contratado pela emissora de TV. Considerado um entusiasta da gastronomia tailandesa, Sundaravej afirmou que a emissora apenas pagava o gasto com transporte e os ingredientes utilizados na cozinha. Segundo ele, não havia nenhum tipo de incompatibilidade.

Sundaravej dirigiu o programa Cozinhando e protestando durante sete anos. Como primeiro ministro, fez várias aparições na TV até que, há alguns meses, um grupo de senadores apresentou o caso ao Tribunal Constitucional.

A decisão do tribunal gerou diferentes reações nos manifestantes que ocupam há vários dias a sede do governo. A intenção é pressionar para que o primeiro ministro deixe o cargo. Algumas pessoas gostaram da notícia, outros temem a reação do primeiro ministro. Os críticos do primeiro ministro afirmam que Sundaravej responde a vários processos por abuso de poder e corrupção.

Segundo o membro do Partido do Poder do Povo (PPP), Wittaya Buranasiri, o partido vai propor aos líderes de outros seis partidos de coalizão a permanência de Sundaravej à frente do governo. Sundaravej assumiu o cargo em janeiro deste ano.

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