Campeão municipal

PMDB estará à frente de 1.208 prefeituras a partir de 2009

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26 de outubro de 2008, 19h54

Se no primeiro turno das eleições municipais o PT saiu como o grande vencedor nas capitais, com seis prefeitos eleitos, no segundo turno perdeu nas três capitais que disputou: São Paulo, Porto Alegre e Salvador. Gilberto Kassab (DEM) ganhou de Marta Suplicy (PT) com 60% dos votos. Em Porto Alegre, o peemedebista José Fogaça (58%) ganhou de Maria do Rosário. O PMDB também bateu o PT em Salvador, onde conseguiu reeleger João Henrique.

O PMDB, que tinha feito apenas dois prefeitos em capitais no primeiro turno, levou quatro no segundo e se igualou ao PT em número de dirigentes nas capitais do país. PMDB e PT administrarão 12 das 26 capitais dos estados.

O PSDB elegeu dois prefeitos no segundo turno nas capitais. Com os dois que tinha feito no primeiro, ficou com quatro. O PTB ficou em quarto lugar, com a conquista de duas capitais da região norte: Manaus e Belém. O DEM ficou apenas com uma capital no país: São Paulo.

No país, o PMDB é o grande vencedor. Começará 2009 à frente de 1.208 prefeituras. O PSDB aparece em segundo lugar, com 788 prefeitos eleitos para os próximos quatro anos. No ranking geral, o PT está na terceira posição: 553 prefeituras sob sua gestão. Em seguida, aparecem PP (550), DEM (418) e PTB (416).

Balanço do TSE

Na segunda coletiva do dia, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Britto, comemorou a rapidez na apuração dos resultados em todo o país. A previsão era de que às 20h todos os prefeitos seriam conhecidos. E foi o que aconteceu.

Em Vila Velha (ES), a apuração de 100% das urnas foi finalizada 56 minutos após o término do horário para votação. Neucimar Fraga (PR) foi o vencedor. Em Anápolis (GO), uma hora e dez minutos depois já se sabia que Antônio Gomide (PT) tinha 75% dos votos dos eleitores. “É o Brasil na vanguarda do processo eleitoral em todo mundo”, declarou o presidente do TSE.

Durante o domingo (26/10), 554 ocorrências policiais foram registradas em todo o país. Nenhum candidato foi preso. No entanto, 410 eleitores foram presos. Segundo Carlos Britto, os principais motivos são boca-de-urna, transporte ilegal de eleitores e compra de votos. O estado do Rio Grande do Sul registrou o maior número de detenções: 249. Só em Canoas, foram 200 presos. A explicação, segundo o presidente do TSE, é o fato de a cidade não ter rede própria de televisão. Com isso, a campanha é feita no corpo-a-corpo, com passeatas e carreatas. “O acirramento de ânimos é maior”, disse o ministro.

Britto lamentou o fato de que urna eletrônica teve que ser substituída por urna de lona com cédulas de papel. A votação manual aconteceu no Rio de Janeiro, no bairro do Jardim Botânico. Se o incidente não tivesse acontecido, seria a primeira vez que não haveria qualquer votação em cédula de papel na história das eleições. Até o final das votações, 515 urnas foram substituídas, o que representa 0,6 do total de urnas eletrônicas.

O presidente do TSE elogiou o trabalho de mesários e ressaltou que a Justiça Eleitoral se mostra a cada dia mais comprometida com o processo democrático. Ele contou que, na Paraíba, o Tribunal Regional Eleitoral se transferiu da capital João Pessoa, onde não houve segundo turno, para a cidade de Campina Grande, onde houve a disputa, para coordenar a votação. “Fatos como esses mostram o comprometimento da Justiça”, disse Britto.

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