Inquérito dos grampos

PF faz busca e apreensão na Vivo e na Brasil Telecom

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17 de outubro de 2008, 20h14

A Polícia Federal cumpriu, na quinta-feira (16/10), mandados de busca e apreensão nas empresas Vivo e Brasil Telecom no inquérito que apura grampos telefônicos clandestinos contra autoridades dos três Poderes. A PF mantém sob sigilo o conteúdo do material apreendido nas operadoras telefônicas, mas revela que a ação teve como objetivo levantar provas para as investigações do inquérito. A reportagem, assinada por Gabriela Guerreiro, é da Folha Online.

Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na Brasil Telecom e um na Vivo. No início de outubro, a PF solicitou a prorrogação do inquérito. Depois de um mês de investigações, a PF solicitou mais tempo para apurar detalhes sobre os grampos que flagraram uma conversa do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Os delegados mantêm os trabalhos da PF em sigilo porque o caso tramita em segredo de Justiça. Os dois já ouviram Mendes e Demóstenes em depoimentos separados, mas não adiantaram detalhes do caso. Até agora, a PF também ouviu o depoimento do agente aposentado do Serviço Nacional de Informações, Francisco Ambrósio do Nascimento. Apontado como responsável pelos grampos ilegais contra senadores, deputados, ministros e autoridades do Judiciário, Ambrósio negou à PF ser responsável pelas supostas escutas clandestinas.

Peritos da PF analisaram linhas telefônicas do Senado para averiguar supostas escutas clandestinas, mas não encontraram indícios de grampos nos telefones dos parlamentares. A Polícia Legislativa do Senado, em relatório encaminhado ao presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), negou que as escutas clandestinas feitas contra um grupo de senadores tenham sido instaladas nas dependências do Legislativo.

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