Economia instável

Crise financeira suspende construção da nova sede do TJ-MG

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15 de outubro de 2008, 20h28

O aquecimento no setor de construção, os aumentos no custo da obras, a valorização do dólar e a crise mundial foram os motivos para suspender a construção da nova sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Essas foram as declarações do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Sérgio Resende, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (15/10).

Em 2006, a obra, no bairro Barro Preto em Belo Horizonte, estava orçada em R$ 368 milhões. Com as mudanças no mercado econômico a estimativa total dos gastos é R$ 549 milhões. De acordo com o presidente do TJ-MG, essas despesas inviabilizam investimentos em outras obras urgentes, como na área de informática nas comarcas de primeira instância. “Nós, os desembargadores, estamos muito bem atendidos em relação à primeira instância”, afirmou.

Sérgio Resende acredita que se as obras fossem mantidas, poderiam comprometer o financeiro nas próximas gestões e aumentar a vulnerabilidade financeira da instituição. “Se insistíssemos em continuar a obra, correríamos o risco de parar a construção no meio do caminho, o que seria muito pior.”

O desembargador ainda declarou que o terreno, onde seria construída a nova sede, não sofre perdas financeiras, pois deve ser reaproveitado. E com a suspensão das obras, a Diretoria Executiva de Engenharia e Gestão Predial do TJ-MG terá condições de trabalhar para atender às comarcas do interior. “Podemos esperar outra oportunidade para, se for o caso, construir um prédio para unir todo o Judiciário do Estado. O desembargador Orlando Adão Carvalho teve coragem para pensar nessa obra. No entanto, o cenário era diferente do que temos hoje”, lembrou.

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