Medalha de Ouro

STF homenageia jornalista Luiz Orlando pelos 50 anos de profissão

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5 de outubro de 2008, 10h05

O jornalista carioca Luiz Orlando Carneiro recebeu, na sexta-feira (3/10), homenagem Supremo Tribunal Federal pelos seus 50 anos de profissão. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, foi pessoalmente ao Comitê de Imprensa da Corte cumprimentar o jornalista e entregar a ele uma medalha de ouro, reservada apenas a autoridade estrangeiras que visitam a Casa.

Acompanhado pela esposa, Branca, pelas filhas Lúcia e Teresa, e pelos colegas que também cobrem o Supremo Tribunal Federal, Luiz Orlando disse ter ficado surpreso com a homenagem. Luiz O., como é conhecido pelo colegas, está há 15 anos na cobrindo o Poder Judiciário. Hoje, o jornalista escreve para a Gazeta Mercantil.

Durante o encontro, o presidente do STF disse que considera importante contar com o trabalho do jornalista acompanhando o trabalho da Corte. “Luiz Orlando é um exemplo para todos nós”, disse o presidente.

Luiz Orlando Carneiro formou-se em Direito no Rio de Janeiro em 1958 e, no mesmo ano, entrou no Jornal do Brasil como estagiário. Começou como setorista no Galeão e, cinco anos depois, em 1963, passou a cobrir o Itamaraty. Como falava fluentemente inglês e francês, nas gestões dos ministros Horácio Lafer e Afonso Arinos, em viagens internacionais, passou a acompanhar as ações do Itamaraty no exterior.

Em 1964 assumiu a subchefia de reportagem do jornal às vésperas do golpe militar, que ele chama de “movimento militar”. Como o chefe de reportagem à época ausentou-se da função por ter aderido à greve, Luiz Orlando ocupou o cargo e acabou tendo seu verdadeiro batismo como chefe. Sob seu comando, o JB, embora invadido pela tropa do almirante Cândido Aragão, fez uma boa cobertura do golpe e ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo daquele ano.

Em 1969, sob a direção de Alberto Dines, virou editor de notícias, cargo que exerceu até 1974. Nessa época, a convite do diretor e então proprietário do JB Manuel Francisco do Nascimento Brito, assumiu o desafio de chefiar e ampliar a sucursal do jornal em Brasília, no cargo de diretor regional. Ficou no cargo até 1992. Convidado para ser correspondente em Washington ou Paris, preferiu continuar na sucursal como repórter especial cobrindo os tribunais superiores, função que responde até hoje.

Luiz Orlando é também um apurado crítico de jazz, assunto que o inspirou a publicar vários livros.

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