Toque de recolher

Promotores brigam devido a toque de recolher imposto por juiz

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5 de outubro de 2008, 16h51

Os promotores Marinho Mendes Machado, da cidade de Guarabira (AL) e Wilde Saraiva, da cidade vizinha Alagoa Grande, entraram em rota de colisão depois que o juiz da 10ª Zona Eleitoral de Guarabira, Bruno César, decretou toque de recolher na cidade na noite de sábado (4/10).

Segundo a Agência Estado, Machado, que é a favor da decisão judicial, deparou-se no meio da rua com o colega, que discordou do toque de recolher. Wilde chegou a dar um soco em Machado e instigou as pessoas a se armarem para não cumprir a decisão judicial.

O bate-boca e as ameaças foram gravados por repórteres de emissoras de rádio de Guarabira. Diante de uma delegada da Polícia Civil, Wilde disse que pegaria Machado “até dentro da Igreja”. Segundo ele, quem mexe com a família Saraiva “enfrenta as conseqüências até o derramamento de sangue”. A briga só foi contida com a intervenção de policias.

Polêmica eleitoral

A juíza Hygina Bezerra também determinou toque de recolher a moradores de cinco cidades da Paraíba. Na determinação judicial, a juíza afirma que o motivo da decisão está relacionado à “prática de crimes com violência em razão das eleições”. Outra justificativa para a decisão radical é evitar a compra de votos na região.

De acordo com a decisão judicial, os moradores de Monteiro, Camalaú, Zabelê, São João do Tigre e São Sebastião do Umbuzeiro deveriam, após as 22h, “permanecer recolhidos em suas residências, exceto em caso fortuito, de força maior ou de enfermidade”.

Segundo o jornal Vitrine do Cariri, a determinação começou a valer a partir da sexta-feira (3/10). A decisão teria sido tomada depois que houve troca de tiros, tentativas de invasões de comitês, macumba e crimes eleitorais na região. De acordo com a notícia, bares, restaurantes e similares só poderão voltar a funcionar a partir das 18h deste domingo (5/10).

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