Braços cruzados

Greve na Justiça só prejudica população e advogados, diz OAB-RJ

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9 de novembro de 2008, 16h54

O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, disse que o governo fluminense deve tomar uma atitude sobre a greve dos serventuários da Justiça Estadual, que já completa 50 dias. Damous ainda pediu aos servidores que tenham espírito público para manter serviços essenciais, como o cumprimento dos mandados de pagamento.

“É preciso que reconheçam que o movimento só tem dois prejudicados: o povo e os seus advogados”, afirma. Segundo ele, a greve ameaça emendar com o recesso de fim de ano. O motivo da greve é a não concessão, até o momento, do prometido reajuste de 7,3% com a manutenção da data base em 1º de maio.

Para Damous, a greve não pode fazer com que a população e advogados paguem o preço de uma exigência corporativa: “Essa greve, como qualquer uma no serviço público, só penaliza o povo carente da prestação jurisdicional, tornado refém de um movimento só preocupado com os seus interesses corporativos”.

Ainda segundo o presidente da OAB do Rio, na iniciativa privada, fazer a greve significa não trabalhar, mas também não receber salários, além de correr o risco de uma demissão. “Já a greve com remuneração garantida e estabilidade no cargo não passa de falta ao serviço remunerada”, afirma.

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