Conversas editadas

Fitas de grampos são editadas antes de chegar a juiz, diz deputada

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11 de março de 2008, 10h48

A CPI das Escutas Telefônicas deve ter, nesta terça-feira (11/3), em Brasília, seu dia mais agitado. A deputada federal Marina Maggessi (PPS-RJ) promete apresentar laudo do perito Ricardo Molina, da Universidade de Campinas (Unicamp), revelando que há dezenas de edições de fitas gravadas pela Polícia Federal e apresentadas à Justiça. Para a deputada, na ponta final das investigações só chega material previamente editado.

A deputada Marina Maggessi, para exemplificar a falta de acompanhamento das gravações nas investigações, promete apresentar a fita de vídeo em que apareceriam um delegado da Polícia Federal, um procurador e um agente federal preso sob acusação der extorsão. Nesse interrogatório gravado, segundo a deputada, são feitas promessas ao preso com base numa suposta proximidade do delegado e do procurador com uma juíza.

Nesta terça-feira, o ex-presidente da OAB do Rio de Janeiro também vai à CPI a convite da deputada. Marina promete desengavetar todas as investigações arquivadas sobre um grampo ilegal realizado no gabinete da OAB em 2006.

Para o relator da CPI das Escutas Telefônicas, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), depois de a comissão ter ouvido representantes da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), ficou claro que juízes “não fazem o acompanhamento dos grampos depois que os autorizam”.

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