Curta direção

Ministro Gomes de Barros é escolhido presidente do STJ

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6 de março de 2008, 21h01

O Superior Tribunal de Justiça escolheu, nesta quinta-feira (6/3), seu novo presidente, o ministro Humberto Gomes de Barros. Ele dirigirá o tribunal a partir de 7 de abril, quando se encerra a administração do ministro Barros Monteiro. A duração do mandato de Gomes de Barros será curta porque o ministro completa 70 anos no dia 23 de julho e é obrigado a se aposentar.

Gomes de Barros afirmou que o STJ passa por um momento difícil, com um volume cada vez maior de processos. “O Tribunal precisa reverter esta anomalia jurídica, com novas leis processuais, para que possa retornar a sua principal missão”, avaliou.

O ministro também agradeceu aos demais ministros e aos servidores pela confiança. “Peço aos colegas que tenham paciência comigo, pois eu não sou um administrador nato, e sim um advogado de carreira, e me orientem na condução deste Tribunal”, afirmou.

Humberto Gomes de Barros faz parte da primeira leva de ministros que foram indicados depois da criação do STJ. Entrou em 1991, por indicação da Ordem dos Advogados do Brasil, e atuou na 3ª Turma, na 2ª Seção e na Corte Especial. Exerceu, ainda, o cargo de diretor da Revista do STJ pelo biênio 2006 a 2008 e foi corregedor-geral no Tribunal Superior Eleitoral.

Gomes de Barros é tido como um ministro acessível, que norteia o trabalho de sua equipe com o objetivo de alcançar celeridade. Crítico de votos longos, da erudição e do brilhantismo exagerado, o ministro também se mantém firme na defesa da simplicidade como um dos fatores essenciais para agilizar a Justiça. Para ele, é melhor julgar os casos sem brilho, correndo até o risco de ofender a lei, do que acumular processos que poderão nunca ser decididos.

O novo presidente do STJ foi eleito membro das academias de letras de Alagoas e Brasília. É autor dos livros Usina Santa Amália, Glossário Forense, Canção das Alagoas, As Pernas da Cobra e Electro Sânitas. Para o ministro, a poesia é uma oportunidade de extravasamento. “Acredito que Literatura e Direito são dois universos paralelos em que um não interfere no outro. Sempre procurei ser um juiz correto, justo, acessível e decente. No entanto isso não exclui que eu seja um juiz bem humorado, e esse bom-humor eu despejo na literatura”.

Com a saída de Gomes de Barros em julho, tomará posse da Presidência do STJ o ministro Cesar Asfor Rocha.

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