Advogado afirma que nome de Tosto foi usado indevidamente
30 de maio de 2008, 18h55
O advogado Ricardo Tosto, conselheiro afastado do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), reiterou mais uma vez a sua inocência. Durante interrogatório de 40 minutos, Tosto afirmou que nada tem a ver com liberação de empréstimos no banco.
“Eu sou inocente. Tive oportunidade de provar isso hoje”, afirmou o advogado depois do depoimento. Ricardo Tosto é um dos 13 denunciados por supostas fraudes no BNDES. No dia 24 de abril, Tosto chegou a ser preso na superintendência da PF, mas foi solto dois dias depois.
O advogado de Tosto, José Roberto Batocchio, afirmou à Agência Brasil que o nome de seu cliente foi usado indevidamente pelos outros réus “com o objetivo de auferirem maior remuneração pelos trabalhos de consultoria que tinham prestado”.
Ainda segundo Batocchio, seu cliente não poderia ter conseguido liberar recursos do BNDES porque fazia parte do conselho consultivo, “que não tem poderes para decidir sobre os empréstimos e que é um conselho que apenas debate políticas públicas sobre financiamentos”.
Batocchio disse que Tosto não tinha conhecimento sobre a operação Santa Tereza da Polícia Federal e que não conhecia nenhum dos outros réus, com exceção de Marcos Mantovani — dono da empresa de consultoria Progus que há 15 anos já foi cliente do escritório de Tosto. Mantovani foi interrogado na última segunda-feira (26/5) e disse à Justiça ter usado o nome de Tosto indevidamente para conseguir mais honorários.
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