Vida do embrião

ONG leva ao STF documento contra pesquisa com células-tronco

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27 de maio de 2008, 21h39

O Movimento Nacional em Defesa da Vida — Brasil Sem Aborto entregou ao Supremo Tribunal Federal documento contra as pesquisas com células-tronco embrionárias no Brasil. O documento foi entregue nesta terça-feira (27/5), um dia antes do julgamento que vai ser decidir se libera ou proíbe as pesquisas no Brasil.

Para o coordenador do movimento, Jaime Ferreira Lopes, “a apresentação desse documento aos ministros com certeza fará diferença no julgamento de amanhã”. Ele foi ao Supremo acompanhado do professor Hermes Rodrigues Nery, da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida da Diocese de Taubaté, em São Paulo.

Jaime Lopes afirmou que as informações apresentadas ao Supremo mostram que o embrião tem vida, daí a inviabilidade da pesquisa. Segundo ele, mesmo após muito tempo congelado, o embrião se desenvolverá naturalmente se for implantado no útero. Portanto, não poderia ser descartado.

“Há casos de embriões fertilizados há mais de 13 anos congelados que, quando foram implantados, o feto nasceu”, disse, ao citar o caso norte-americano de Hanna Strenge, a primeira criança adotada em estado de embrião congelado.

Conforme ele, os próprios cientistas afirmam não ser verdade que o embrião é apenas um monte de células e que após três anos congelado se tornaria inviável. Lopes contou que o documento sobre células-tronco embrionárias é a inauguração da chamada “Coleção Cadernos Brasil Sem Aborto”. “Outros temas ligados à questão da defesa da vida estarão em outros números dessa coleção”, afirmou.

De acordo com o professor Hermes Rodrigues Nery, o documento apresenta vasta documentação científica de que um embrião congelado é viável. “A vida começa com a fecundação, com a concepção, e o embrião é um ser humano, então, merece o respeito e o direito à vida”, afirmou.

Ele destacou que o estudo apresentado aos ministros contém dados internacionais, como pesquisas, informações da mídia em todo o mundo, bem como de clínicas de reprodução assistida, entidades idôneas e pesquisadores que atuam na área há muitos anos. Ele salientou, ainda, que o documento também apresenta testemunho daqueles que nasceram de embriões congelados.

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