Passaporte carimbado

Corte de Mônaco rejeita recurso contra extradição de Cacciola

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25 de junho de 2008, 14h13

A Corte de Apelações de Mônaco rejeitou recurso do ex-banqueiro Salvatore Cacciola e aceitou o pedido de extradição dele, feito pelo governo brasileiro. A corte considerou o processo legítimo.

Segundo o Ministério da Justiça, não cabe mais recurso e a decisão sobre a extradição, agora, caberá ao Executivo do principado, representado pelo príncipe Albert. A notícia foi dada pelo Ministério da Justiça nesta quarta-feira (25/6).

A defesa de Salvatore Cacciola informou também nesta quarta-feira que já recorreu à Corte Européia de Direitos Humanos contra a decisão de Mônaco. De acordo com a defesa do banqueiro, a extradição deve aguardar o pronunciamento do tribunal europeu.

Cacciola foi preso em 15 de setembro de 2007, em Mônaco, pela Interpol. Ele foi condenado pela Justiça brasileira a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e gestão fraudulenta. Segundo a denúncoa que levou a sua condenação, Cacciola, dono do banco Marka, ao lado dos donos de outro banco, o FonteCindam, se valeu de informações privilegiadas na crise cambial do real, em janeiro de 1999, e causou prejuízo avaliado em R$ 1,5 bilhão ao Tesouro Nacional.

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, comemorou a decisão da Corte de Mônaco: “É mais um duro golpe contra a impunidade e um sinal de que a Justiça está ao alcance de todos, a partir de um trabalho sério e eficiente do governo e do Estado brasileiro, que vem sendo realizado no âmbito de cooperação jurídica com as demais nações, de forma multilateral”.

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