Influência inócua

Ministro do STJ descarta interferência de Dilma na venda da Varig

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21 de junho de 2008, 15h20

O ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça, descarta a tese de interferência do Poder Executivo no processo de venda da Varig. Em entrevista à imprensa, a ex-diretora da Anac Denise Abreu acusou a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de interceder em favor da venda da VarigLog e da Varig para a Volo Logistics LCC, empresa do fundo americano MatlinPatterson. De acordo com Denise, o advogado do fundo, Roberto Teixeira, teria usado sua influência junto ao governo para pressionar a Anac a aprovar a venda da Varig.

“Essa interferência seria absolutamente inócua porque essa venda obedece a uma liturgia processual. É absolutamente impossível proceder àquela alienação, seu cumprimento do jeito que deu. Então, é facilmente perceptível se foram ou não cumprido todos os requisitos. Tanto quanto eu conheço as pessoas que dirigiram este processo, não creio em efetivamente qualquer tipo de influência”, declarou o ministro ao site Monitor Mercantil.

Segundo Fux, também não houve precipitação da Justiça na venda da Varig. Em sua opinião, as pessoas que presidiram o processo de recuperação judicial da empresa são profissionais preparados e cautelosos. Por isso, acredita que o Judiciário fez tudo o que era possível para salvar a empresa naquela oportunidade.

A venda da Varig, afirmou, tinha por objetivo salvar uma empresa brasileira que representava o sucesso empresarial brasileiro no mundo. “A venda da Varig, no meu modo de ver, foi realizada com esse objetivo. Confesso que não conheço detalhes do processo e, eventualmente, pode ser até que algumas dessas questões sejam submetidas ao meu tribunal e não posso me antecipar.”

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