Liderança indigesta

Estudo mostra que Brasil é o país que mais repassa spam

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24 de julho de 2008, 21h54

O Brasil é o principal responsável pelo repasse de spams. O título indesejado foi divulgado pela NetOfficer, representante da alemã G Data, com base nos relatórios do Security Labs, e se refere ao mês de junho. A informação é do site iMasters.

De acordo com o estudo, os brasileiros compõem a maior rede do mundo de máquinas zumbis (botnets), que são aquelas que, depois de infectadas por vírus, ficam repassando spams. Cerca de 10% dos computadores brasileiros estão infectados, de acordo com os dados.

Em segundo lugar no ranking do envio de spam aparece a Alemanha, com 9,3%, e em terceiro está a Itália, com 9,3%. Em seguida, vêm Turquia (8,3%), China (6,6%), Polônia (4,7%), Colômbia (4,6%) e Estados Unidos (4,2%).

O laboratório da G Data estima que quase 10 milhões de computadores zumbis estejam ativos no mundo. Até junho, os campeões no envio de spam eram Alemanha e Itália. Segundo estudo, os temas preferidos pelos spammers foram estimulantes sexuais (30%), remédios (22%), ofensas (21%), certificados acadêmicos (5%) e software (3%).

A pesquisa é feita com base na análise dos domínios de spams recebidos por computadores protegidos pela G Data. O Security Labs funciona 24 horas por dia analisando códigos suspeitos que podem fazer parte de novos vírus ou outras ameaças digitais.

Klaus Steding Jessen, integrante do Centro de Estudos, Respostas e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br), explica que o Brasil é uma grande fonte de reenvio de spam porque tem grandes redes de banda largas, que são abusadas pelos spammers de fora do país. “O Brasil está sendo vítima de abuso externo”, explica.

O advogado Amaro Moraes e Silva Neto explica que o Brasil tem o título de campeão de spams porque os computadores dos usuários do país são usados indevidamente. “O maior número de spams pode sair dos computadores daqui, mas quem dá a ordem para o envio muitas vezes está fora do país”, afirma.

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