Tecnologia e qualidade

TV Justiça faz seis anos com alta tecnologia e nova programação

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19 de julho de 2008, 0h00

No aniversário de seis anos, a TV Justiça entra em nova fase. Alta tecnologia, nova linha editorial e programação revigorada são os presentes oferecidos aos telespectadores, a partir de agosto. A aniversariante foi a primeira televisão pública a usar tecnologia digital, resultado da resposta positiva da audiência. Ela é vista principalmente por advogados, juízes, procuradores, defensores, bacharéis, professores e estudantes de Direito.

A nova formatação inclui transmissões ao vivo das sessões plenárias no programa “Direto do Plenário”, que contará com comentários de especialistas. As novidades continuam com o inédito “Reunião de Pauta”, quando jornalistas de diversas áreas, incluindo os que integram a Rádio e a TV Justiça, analisam as mais importantes decisões tomadas pelo Judiciário durante a semana e a repercussão no cotidiano do brasileiro.

Criada para informar, esclarecer e ampliar o acesso às atividades do Judiciário, a TV Justiça mostra o dia-a-dia nos tribunais. A população, cada vez mais, passa a conhecer o jeito de pensar e decidir dos integrantes do Judiciário brasileiro. Em 2006, a TV Justiça inaugurou seu primeiro canal aberto (53/UHF) em Brasília, com sinal analógico. Em abril de 2008, a emissora passou a ser transmitida digitalmente na capital pelo canal 52. No mesmo mês, o sinal passou a ser aberto também no estado de São Paulo.

Há seis anos, o receio da pressão popular e o conservadorismo dos tribunais quase impediram a TV de ir ao ar. A audiência do canal mostrou que o isolamento dos juízes não favorece nem a produtividade nem a qualidade das decisões. No caso das células-tronco, por exemplo, o comportamento dos ministros do Supremo — que optaram por explicar detalhadamente as razões pelas quais votaram a favor ou contra as pesquisas científicas com uso das células embrionárias — foi aprovado pela opinião pública.

Entenda o Judiciário

Todas as tardes e as madrugadas da programação são ocupadas com a transmissão de sessões de julgamento, de todas as regiões do país. A TV Justiça serve de vitrine, de alcance nacional, para tornar conhecido o funcionamento, antes hermético, da Justiça brasileira.

Nos intervalos das sessões, professores e advogados convidados pela TV “traduzem” as decisões. Eles explicam os termos usados pelos juízes e fazem interpretações sobre o alcance das decisões tomadas.

O canal tem vocação didática. O campeão de audiência é o “Caderno D”, que inclui palestras, seminários e até cursos inteiros sobre assuntos como Direito do Consumidor. Também ocupam os horários da manhã a “Aula Magna”, em que um jurista de expressão nacional discorre sobre questões mais amplas, geralmente relacionadas com Direito Constitucional. Há também o “Defenda a sua Tese” e o “Encontro com o Autor”, ambos em formato de entrevista, destinados a públicos mais restritos.

Os programas mais voltados para a educação encontram apoio do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, ele mesmo professor universitário há quase três décadas. Na fase de renovação pela qual passa, a TV Justiça priorizará o ensino jurídico à distância, reservando as manhãs à programação didática, com documentários, entrevistas, debates e até aulas presenciais transmitidas ao vivo, nas quais serão usados recursos pedagógicos como a interatividade remota.

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