Os procuradores Rodrigo de Grandis e Anamara Osório Silva, do Ministério Público Federal, pediram a abertura de procedimento administrativo de controle externo para apurar as reclamações do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. O delegado, que respondia pela Operação Satiagraha, queixou-se formalmente ao MPF sobre impedimentos sofridos durante a investigação.
Protógenes entregou ao MPF, na quinta-feira (17/7), uma representação em que alega ter sido afastado das investigações. Ele também reclama de falta de recursos humanos e materiais para a condução da investigação.
Em gravação divulgada pela PF, em reunião que discutia a sua saída, Protógenes reconhece que errou na operação. O delegado também agradece a apoio do diretor-geral da PF, Luis Fernando Corrêa. “Ele era sabedor dessa operação e correu tudo bem”, afirmou o delegado.
A representação foi distribuída ao procurador Roberto Antonio Dassié Diana, coordenador do grupo de controle externo do MPF-SP.
No início da semana, o delegado Roberto Troncon, diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, se comprometeu a entregar ao MPF a íntegra da gravação feita na reunião. A gravação será um dos elementos que poderão ser usados para instruir a apuração.
Comentários de leitores
7 comentários
olhovivo (Outros)
As macacas de auditório da PF têm o sagrado direito de aplaudi-la, derreterem-se por ela, dar-lhe beijinhos e "otras cositas más". Ainda bem. A CF garante. Então... AVANTE CF!
Anaximandro (Consultor)
É, vamos esquecer essa estória toda. Em especial os bilhões de reais mandados para o exterior pela "sociedade legalmente estabelecida na conformidade das leis do país" (Nélio Machado). Dinheiro esse oriundo principalmente de fundos de pensão e estatais privatizadas... Graças a Deus posso me dar o luxo de rir dessa tirada magnífica do advogado, porque não passo fome.
Reinhardt (Consultor)
Essa estória está ficando cansativa. Todos tiveram seu quarto de hora nos orgãos de divulgação . O relatório, após quatro anosde escuta, é pífio . O estiloso delegado , com sua camiseta sob o paleto (Miami Vice style) , já disse o que queria , reconheceu erros , afirmou ser disciplinado , falou "como cidadão", se auto-proclamou "reserva moral" do Brasil. Em suma : deu seu espetaculo pessoal . Agora , vamos ver as provas colhidas nesses 4 anos de labuta auditiva. Os Fouquiers-Tainville paulistas , ao invés de xeretearem a administração policial, devem cumprir seus deveres preparando uma denuncia apta a evitar absolvições.Ou será que estão querendo , desde já , preparar alibis para o parto da montanha que se avizinha? Vamos ao trabalho ,fiscais!
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