Estado Policial

OAB nacional cobra de Tarso fim da pirotecnia nas ações da PF

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11 de julho de 2008, 0h00

O presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil, Vladimir Rossi Lourenço, cobrou do ministro da Justiça, Tarso Genro, a promessa de que as ações pirotécnicas da Polícia Federal iriam acabar.

Lourenço lembrou a cerimônia de posse do diretor do Departamento de Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, em agosto do ano passado, quando Tarso Genro afirmou “que a Polícia Federal continuará realizando operações de impacto no combate à corrupção e ao crime organizado, mas doravante sem pirotecnia”.

Para o advogado, o Estado Policial vem se mostrando presente em operações que desrespeitam o direito de defesa e que obtêm mais efeito cênico do que resultados concretos. “Nada contra o combate à corrupção. Ao contrário, a luta contra a corrupção, sobretudo a do colarinho branco, mobiliza há décadas a sociedade brasileira e a advocacia em particular”, disse nesta quinta-feira (10/7) o presidente interino da OAB.

Rossi afirmou ainda que cabe à advocacia reagir contra o atentado ao pleno direito de defesa. “A advocacia, por intermédio da OAB, condenou os métodos que desrespeitavam o direito de defesa, utilizados em diversas operações policiais, várias delas com a infeliz e plena concordância do Estado-juiz e do Estado-Ministério Público”. Por fim, advertiu: “O maior prejuízo é a tentação de instalar no país um Estado Policial”.

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