Ponta do iceberg

PF faz operação para prender acusados de crimes previdenciários

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28 de janeiro de 2008, 15h08

A Polícia Federal, em parceria com o Ministério da Previdência Social e o Ministério Público Federal, deflagrou nesta segunda-feira (28/1) a Operação Iceberg, em Santa Catarina. O objetivo é reprimir crimes previdenciários.

Foram mobilizados 200 policiais federais e técnicos da previdência social. A PF está cumprindo 18 mandados de busca e apreensão e mandados de prisão. Entre os presos, há um servidor do INSS.

Durante as investigações, os policiais verificaram a existência de uma quadrilha formada por agenciadores e servidores do INSS que convenciam pessoas a participarem do esquema que consistia na concessão de benefícios fraudulentos.

De acordo com informações da Polícia Federal, os fraudadores atuavam, principalmente, em concessões de benefícios de aposentadoria por tempo de contribuição, pensão por morte e aposentadoria por idade. A quadrilha corrompia funcionários do INSS para inserção de dados falsos no sistema informatizado da Previdência Social, utilizando-se de simulação de ações judiciais inexistentes para recolhimento de tempo de serviço. Segundo a PF, “no caso, foi apurado que não existiam ações judiciais protocoladas, nem requerimentos de benefícios, tudo era feito virtualmente”.

Estima-se em R$ 6 milhões o prejuízo aos cofres públicos, conforme análise dos benefícios previdenciários fraudados. Segundo a PF, os presos responderão por crimes de estelionato, formação de quadrilha, corrupção ativa e outros crimes correlatos, com penas que somadas chegam a 22 anos de reclusão.

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