Braços cruzados

Policiais federais param na quarta contra a PEC dos Delegados

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9 de dezembro de 2008, 16h35

Policiais federais e civis farão uma paralisação de 24 horas na próxima quarta-feira (10/12). Os policiais querem a estruturação da carreira e protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição 549, que transforma a carreira dos delegados em carreira jurídica. Para os policiais, o projeto aumentará a diferença salarial entre os delegados e servidores da Polícia.

A Federação Nacional dos Policiais Federais estima que 300 mil policiais irão participar do protesto. Na PF, será suspenso o serviço de atendimento ao público, como emissão de passaportes. A categoria manterá apenas os plantões e custódia de presos.

Para os policiais, uma carreira estruturada valoriza o mérito. A carreira baseada na meritocracia permitiria, por exemplo, que os policiais ocupassem postos de comando. Hoje somente delegados chegam a esses postos, afirma o sindicato da PF.

“Isso não significa que queiramos ascender ao cargo de delegado sem concurso. Queremos sim que nossas funções nos permitam avançar degraus na carreira exercendo atividade investigatória”, diz o presidente da Fenapef, Marcos Vinício Wink.

Segundo a Fenapef, outra luta dos policiais é a desburocratização das polícias. Eles afirmam que as Polícias têm que ser investigativas e não cartoriais. O sindicato diz que, no Brasil, a Polícia Judiciária se inspira em um “bacharelismo jurídico que não colabora em nada com sua atividade fim”. Eles também pedem um anteprojeto de Lei Orgânica para a Polícia Federal. O sonho dos policiais é que a PF se transforme em um FBI ou uma Scotland Yard.

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