Contra a Satiagraha

Pitta diz à Justiça que sua prisão foi espetáculo de truculência

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8 de dezembro de 2008, 15h31

Celso Pitta foi vítima de “deprimente espetáculo de truculência, num cenário cuja descrição parece ter saltado das páginas de Franz Kafka”. O argumento é dos advogados do ex-prefeito de São Paulo, que entraram com pedido de tutela antecipada na Justiça para tentar proibir que informações da Operação Satiagraha relacionadas a ele sejam divulgadas à imprensa pela Polícia Federal. Ele é acusado de pertencer a uma quadrilha, composta pelo investidor Naji Nahas, pelo banqueiro Daniel Dantas e por funcionários do Grupo Opportunity.

Os advogados de Pitta sustentam que os agentes federais que o prenderam estavam “sequiosos de publicidade rasteira”. Eles afirmam ainda que “os órgãos da Polícia Federal parecem ter obtido mais do que os breves 15 minutos de fama de que falava o artista plástico Andy Warhol”. Segundo os advogados, os “agentes da PF arruinaram social, política e profissionalmente a moral e a dignidade” de Pitta.

A revista Consultor Jurídico teve acesso a íntegra da tutela antecipada ajuizada pelo ex-prefeito de São Paulo. Na ação, protocolada na Justiça Federal do Distrito Federal, ele pede para que a União pague R$ 50 mil para cada “ato vazado”.

A intenção, de acordo com a ação, é proibir a publicação de informações que “denigram, exponham (prévia e covardemente) a imagem do autor frente à opinião pública”. O ex-prefeito também pede indenização de dois mil salários mínimos, equivalente a R$ 830 mil, por danos morais pelo fato de ter sido filmado, de pijamas, durante sua prisão no dia 9 de julho.

Clique aqui para ler o pedido de tutela antecipada.

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