Morte no metrô

Júri decide sobre morte de Jean Charles nos próximos dias

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5 de dezembro de 2008, 12h44

O veredicto final da morte do brasileiro Jean Charles, no metrô, em Londres, deve ser anunciado nos próximos dias. Na quinta-feira (4/12), o legista Michael Wright pediu aos jurados que se reúnem e cheguem a um veredicto sobre o caso. As informações são da BBC.

Poucos minutos antes do pedido de Wright, os primos de Jean Charles — Patrícia da Silva, Erionaldo da Silva, Alessandro Pereira e Vivian Figueiredo — que assistiam ao inquérito das tribunas, levantaram-se e desabotoaram seus casacos. Estavam com camisetas com os dizeres “Unlawful killing verdict” (“Veredicto de homicídio injustificável”) e “Your legal right to decide” (“Seu direito legal de decidir”). Eles passaram em frente aos 11 jurados e deixaram a sala onde está sendo feito o inquérito.

Durante as palavras finais de Wright, a equipe de advogados que representa a família Menezes, que é liderada por Michael Mansfield, também havia deixado o inquérito.

Segundo Wright, não há provas suficientes apontando que qualquer um dos envolvidos tenha matado Jean Charles de forma ilegal. Ele pediu que os jurados “deixem qualquer emoção de lado” na decisão. E havia dito ao júri também que não poderá considerar o veredicto de “homicídio injustificável”.

Com isso, os 11 jurados teriam duas opções: dizer que a morte ocorreu como decorrência de ações que não feriram a lei; morte não-criminosa ou optar ainda por um veredicto inconcluso. Este é o quinto inquérito sobre a morte de Jean Charles feito na Grã-Bretanha.

O júri, composto por 11 pessoas, ouviu o depoimento de cem testemunhas desde que o inquérito começou, em setembro, em Londres.

O brasileiro Jean Charles de Menezes foi morto pela polícia de Londres em uma estação de metrô da capital britânica, ao ser confundido com um suspeito de tentativas de atentado ocorridas no dia anterior.

Em julgamentos anteriores, a polícia recebeu uma multa de 175 mil libras, mas nenhum envolvido foi considerado culpado.

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