Esferas distintas

Absolvição de Paulinho da Força não interfere em ação no STF

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4 de dezembro de 2008, 16h58

O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, disse em coletiva nesta quarta-feira (4/12), em Brasília, que a decisão da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados — que na quarta-feira (3/12) absolveu o deputado Paulinho da Força (PDT/SP) de um processo de cassação que tramitava contra ele naquela casa, não interfere na investigação em curso na corte.

O ministro, que é relator do Inquérito 2.725 contra o deputado, destacou que não existe relação direta entre os processos. Ayres Britto não quis comentar detalhes do inquérito, uma vez que o processo judicial tem peças resguardadas pelo sigilo, mas ressaltou que se tratam de esferas distintas, “a penal aqui e a político-administrativa na Câmara dos Deputados”.

O Inquérito (INQ) 2.725 investiga o suposto envolvimento do deputado Paulo Pereira da Silva no esquema de desvio de recursos do BNDES.

O parlamentar também é investigado no Supremo por suposto desvio de dinheiro público do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), em São Paulo. O ministro Celso de Mello autorizou, no último dia 28, a abertura do inquérito contra o parlamentar diante das suspeitas de que a Força Sindical, entidade presidida por Paulinho, tenha patrocinado cursos de formação profissional nos quais foram encontrados “alunos fantasmas” e outras irregularidades. A decisão foi tomada na análise das Petições (PET) 4.405 e 4.406.

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