Valor do papel

Americana é presa por esquema de venda de diplomas falsos

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15 de agosto de 2008, 12h36

A americana Ellen Randock foi presa, com mais sete pessoas, sob a acusação de comandar um esquema de venda de diplomas falsos nos Estados Unidos. De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (15/8) pelo governo americano, a investigação, batizada de Gold Shield, já dura quatro anos, mas só agora surtiu os primeiros resultados.

O FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, investiga uma lista com o nome de 10 mil pessoas que teriam comprado diplomas falsos. Há na lista os nomes de uma dúzia de brasileiros, alguns com cargos em autarquias federais. Nos EUA, são investigados milhares de funcionários cujos e-mails têm o final “ponto gov”. Ou seja: são funcionários públicos.

“Temos comprovadamente pessoas que compraram títulos de doutorado, de mestrado e de MBA. Muitas delas têm endereços eletrônicos com o final ponto gov., o que significa que trabalham na administração Bush”, disse à revista Consultor Jurídico um agente do FBI, por telefone.

As informações divulgadas nesta quinta-feira são de que, apesar de ter nascido na Califórnia, a investigação agora está sob o guarda-chuva do U.S. Secret Service, o serviço secreto americano, e um órgão responsável por apurar fraudes, chamado U.S. Internal Revenue Service (IRS). Um procurador federal dos EUA da cidade de Spokane, no estado de Washington, chamado James McDevitt, e um promotor, George J.C. Jacobs, tocam o processo.

O agente do FBI afirma que o governo brasileiro e a Polícia federal receberão a recomendação de que investiguem se os brasileiros que constam da lista usaram esses diplomas para obter vantagens indevidas em seus trabalhos. Eles serão convidados a depor às autoridades brasileiras para explicar o uso que fizeram do diploma. O site americano spokesmanreview.com publicou uma lista com os nomes dos investigados.

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