Fim de julgamento

Júri condena dois por assassinato de promotor no Recife

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5 de abril de 2008, 12h09

O ex-policial militar José Ivan Marques de Assis e o comerciante Silvonaldo Leobino da Silva, acusados de assassinar o promotor de Justiça Rossini Alves Couto, foram condenados na noite desta sexta-feira (4/4), no Recife, por homicídio triplamente qualificado. O promotor foi morto com um tiro na cabeça e outro na nuca em maio de 2005, quando almoçava em um restaurante ao lado do fórum da cidade de Cupira, no interior de Pernambuco. O julgamento durou 22 horas. As informações são da Agência Estado.

O júri condenou Marques de Assis, autor dos disparos, por unanimidade (7×0), a 24 anos de prisão. O comerciante Silvonaldo Leobino da Silva — que dirigiu a moto conduzindo o assassino — teve pena arbitrada em 20 anos por seis votos a um. Os advogados de defesa irão apelar da sentença. Como as penas ultrapassaram os 20 anos, os réus terão direito a um segundo julgamento, também em júri popular. A data ainda será marcada pela Justiça.

O resultado emocionou familiares e colegas de trabalho de Rossini. O Ministério Público de Pernambuco liberou os promotores — que compareceram em peso — para acompanhar o julgamento, que teve início na manhã de quinta-feira (3/4), no Fórum Thomaz de Aquino, no Recife.

“Foi feita justiça”, afirmou o procurador-geral Paulo Varejão. “Embora a pena não represente nada em comparação com a vida ceifada, estas condenações não deixam de ter sua simbologia para o Ministério Público, porque inibem quem porventura tenha hoje a intenção de atentar contra um promotor de Justiça”. Na sentença, o juiz Pedro Odilon ressaltou a frieza e objetividade com que o ex-PM preparou o assassinato de Rossini.

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