Apuração dos fatos

Polícia pede prisão temporária do pai da menina Isabella

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2 de abril de 2008, 17h31

A Polícia Civil pediu à Justiça estadual de São Paulo a prisão temporária do pai e da madrasta da menina Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, que morreu no domingo (30/3). Ela caiu da janela do apartamento do pai, Alexandre Nardoni. O delegado Calixto Calil Filho, do 9º Distrito Policial da Capital, considera os dois suspeitos pela morte. As informações são da Agência Estado.

Na terça-feira (1º/4), o delegado pediu ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Militar os registros das ligações feitas pelo casal e por moradores do prédio após a queda da menina. Por enquanto, a Polícia colhe provas periciais para reforçar o inquérito. Na busca por novos indícios, os peritos criminais devem voltar ao apartamento.

Seis pessoas já prestaram depoimento sobre o caso. Dois vizinhos do casal disseram ter ouvido gritos de “Pára, pai! Pára, pai!” momentos antes de o corpo de Isabella ser encontrado. Mas, segundo o delegado, eles não souberam dizer se os gritos eram da menina.

Os advogados de Nardoni, Ricardo Martins e Rogério de Souza, contestam a versão das testemunhas. “A fala é interpretativa. A pessoa que está em situação de risco fala ‘Pára!’, ‘Pára!’, e chama o pai. ‘Pai!’, ‘Pára!’, ‘Pai!’”, disse Martins. O advogado afirmou também que Nardoni e a atual mulher, com quem tem dois filhos (um de 3 anos e outro de 10 meses), estão abalados com a morte de Isabella.

“Todos são inocentes e irão provar. Dias antes do fato, Ana Carolina perdeu as chaves do apartamento. Posso provar que ela perdeu as chaves porque tenho uma testemunha que vai aparecer no momento oportuno”, declarou o advogado.

De acordo com peritos do Instituto Médico-Legal, há sinais no corpo da menina Isabella que sugerem uma tentativa de asfixia. Uma mancha no pulmão e no coração, dizem, é “compatível com sufocamento pela boca ou narina ou ainda esganadura”.

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