A Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos chegaram a um acordo pelo fim da greve que já durava nove dias. A conciliação foi mediada pelo ministro Milton de Moura França, vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho.
A audiência pelo fim da greve começou na manhã desta sexta-feira (21/9). Dezenove dos 33 sindicatos da categoria aceitaram o acordo coletivo proposto pela empresa. Eram necessárias 18 adesões. Ficou decidido que os empregados terão 3,74% de reajuste e receberão R$ 500 de abono e R$ 60 de aumento linear a partir de janeiro.
Eles também ganharão vale-alimentação extra de R$ 391 em dezembro, inclusão dos pais de novos funcionários no plano de saúde e auxílio-creche para até 7 anos de idade, além da não-reposição dos dias de paralisação.
No início da greve, na quarta-feira da semana passada, a Fentect pedia reajuste de 47,77%, aumento linear de R$ 200, a negociação do plano de cargos e salários e a contratação de 25 mil funcionários.
A Federação comprometeu-se a colocar em dia na próxima semana o atraso acumulado. O controle do compromisso ficará a cargo de cada unidade dos Correios. Em caso de descumprimento, a empresa pode convocar os empregados para trabalharem no final de semana.
A negociação começou na quarta-feira (19/9), um dia depois dos Correios instaurarem dissídio em que pedia ao TST uma declaração do abuso de greve.
Desde o inicio da negociação, o ministro Moura França insistiu por uma solução negociada. Ele fez questão parabenizar a empresa e a Federação pela responsabilidade demonstrada durante o processo. Segundo o ministro, os dois lados souberam “compreender a gravidade da situação, que envolve um serviço de utilidade pública importantíssimo e trabalhadores cuja responsabilidade e dedicação são reconhecidas por toda a população”.
Se a greve não terminasse no acordo, seria aberto um processo que seria julgado pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST. Durante a greve, as agências funcionaram normalmente. Mas, não houve garantia de entrega das correspondências durante o período.
Comentários de leitores
2 comentários
Bira (Industrial)
Certa vez o correios pagava 30% a mais, um ano depois, já estaria recebendo 10% a menos...fica dificl assumir compromissos. Pior para quem é funcionário da prefeitura de SBC-SP, há 10 anos com o salário congelado.
futuka (Consultor)
PUXA VIDA ..Ufa!!! dessa vez foi só "uma rapidinha" ..e o usuário ó (ainda)AGRADECE!
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