Terapêuticos maquiados

PF prende quadrilha acusada de vender remédio ilegalmente

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19 de setembro de 2007, 13h50

A Polícia Federal deu início, nesta quarta-feira (19/9), à Operação Vênus. O objetivo é desarticular uma quadrilha que vendia, ilegalmente, remédios para emagrecer. Devem ser cumpridos 11 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão em três estados: Minas Gerais, São Paulo e Roraima. Dez pessoas já foram presas.

Segundo as investigações, que começaram há cinco meses, o medicamento era anunciado como uma verdadeira “fórmula milagrosa” para emagrecer e era vendido no Brasil e no exterior. A Polícia Federal informa que, nos Estados Unidos, o kit para uso em 45 dias vale mais de US$ 200 (cerca de R$ 400). A polícia brasileira teve ajuda de organização internacionais nas investigações.

Ainda de acordo com os policiais, o remédio não tinha autorização dos órgãos competentes e era vendido como se fosse um produto fitoterápico, mas, na verdade, tinha substâncias psicotrópicas e anorexígenas, que podem causar dependência física e psíquica.

De acordo com a PF, uma mineira de 37 anos é suspeita de liderar o grupo. As investigações apontam a existência de uma fábrica do produto na região metropolitana de Belo Horizonte.

Os policiais afirmaram que foram identificados pequenos, médios e grandes distribuidores do produto nos Estados Unidos, Venezuela, República Dominicana, Panamá e outros países. Parte dos clientes teria recebido o medicamento pelos Correios e outras empresas de transporte internacional expresso.

Os presos devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

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