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Universidade oferece curso de Direito para sem-terras

4 de setembro de 2007, 0h01

Por Redação ConJur

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A Universidade Federal de Goiás abriu um curso de Direito Agrário só para estudantes de assentamentos da reforma agrária e da pequena agricultura. As aulas começaram 22 de agosto. O curso terá duração de cinco anos, com estrutura de uma graduação comum em Direito.

A turma tem 60 alunos, dos quais 39 vieram de assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os futuros advogados estudam no campus avançado, que fica a 130 quilômetros de Goiânia.

O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, deu a primeira aula para a turma, numa sala especial. O presidente Lula enviou uma carta aos alunos, cumprimentando-os pelo ineditismo do curso.

Para se inscrever ao vestibular, os 630 pretendentes tiveram de apresentar documento emitido pelo Incra, atestando que são de assentamentos ou da pequena agricultura. “Trata-se de um curso de direito com especialização na questão agrária. A intenção é formar advogados especialistas no Direito Agrário, mantendo-os em suas origens”, disse a pró-reitora de graduação da universidade, Sandra Mara Chaves.