Vice na chapa que ficou em segundo lugar assume prefeitura

O candidato a vice-prefeito na chapa que ficou em segundo lugar nas eleições municipais de Timéteo — região do Vale do Aço em Minas Gerais, vai assumir a prefeitura da cidade. A inusitada reviravolta política deve-se a uma série de condenações que tirou o cargo prefeito, vice e candidato derrotado.

Decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais cassou o mandato do prefeito Geraldo Nascimento Oliveira (PT) e do vice Marinho Teixeira (PSB). Eles foram acusados de abuso do poder político e econômico. Os dois foram declarados inelegíveis. Cabe recurso.

Naturalmente quem deveria assumir era o candidato que ficou em segundo lugar, Leonardo Rodrigues Lelé da Cunha (PMDB). No entanto, pesa sobre ele uma condenação criminal transitado em julgado. Por isso, quem assumirá o cargo é Geraldo Hilário Torres (PSDB).

A posição do TRE confirma sentença do juiz da 98ª Zona Eleitoral de Timóteo, Juscelino José Magalhães que, por duas vezes, determinou a cassação do mandato por uso da máquina pública.

O Recurso em Ação de Impugnação de Mandato Eletivo foi apreciado quatro vezes pelo TRE nos últimos dois anos. Os motivos da cassação foram o uso da máquina pública, desvio de recursos públicos para financiamento de campanha eleitoral, a utilização de servidores na campanha e o pagamento com dinheiro público de showmício em período proibido pela legislação eleitoral.

Geraldo Nascimento de Oliveira foi eleito com 21.196 votos (47,76%). O segundo colocado, Leonardo da Cunha, obteve 15.892 votos (35,81%). Timóteo tinha 53.902 eleitores, distribuídos em 146 seções em 2004.

Raime 3.492/2006