Operação Alquimista

PF deflagra operação contra supostas fraudes do Banco do Brasil

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19 de outubro de 2007, 12h49

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (19/1), a Operação Alquimista, contra auditores da Receita Federal e gerentes do Banco do Brasil acusados tentativa de saques de contas inativas do banco, que chegariam a R$ 1 bilhão. Pelo menos 20 pessoas já foram presas em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Distrito Federal.

Além de funcionários da instituição e auditores da Receita, a PF afirma que o grupo contava com o apoio de consultores financeiros, um delegado da PF aposentado, um oficial de alta patente da reserva do Corpo de Bombeiros do Rio, um ex-deputado estadual também do Rio de Janeiro e um ex-investigado na CPI dos Combustíveis da Assembléia Legislativa de São Paulo.

De acordo com as investigações, a organização tentou efetuar o saque de aproximadamente R$ 1 bilhão junto ao Banco do Brasil, valores que estariam depositados na conta de um laranja residente no interior de São Paulo. Depois de identificar essa tentativa de golpe, a PF localizou outro grupo responsável pela distribuição dos valores obtidos ilicitamente em paraísos fiscais. Segundo a PF, o grupo realizava transferências de altas quantias entre contas bancárias no exterior, para beneficiários brasileiros.

As supostas fraudes estariam relacionadas às tentativas de saques em contas inativas do BB ou contas que apareceram com saldos astronômicos, sem que seus correntistas justificassem tais valores. Como exemplo, um correntista desempregado teve seu saldo no banco ampliado para R$ 2,3 milhões. Outros exemplos também apurados foram o de um correntista de Santa Catarina, que tinha um saldo de R$ 214 milhões; e de outro, com um saldo de R$ 250 milhões.

Ao todo, serão cumpridos 24 mandados de prisão temporária e 26 ordens de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Distrito Federal com a mobilização de mais de 150 policiais federais. Segundo a PF, também foram bloqueadas contas bancárias no Brasil e no exterior (Uruguai, EUA e Suíça), supostamente utilizadas pelos doleiros para lavagem do dinheiro.

com Agência Estado

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