Operação Persona

Cisco do Brasil informa que conduzirá investigação interna

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19 de outubro de 2007, 0h00

A Cisco do Brasil, filial da americana Cisco System, divulgou nota afirmando que vai cooperar com as autoridades brasileiras no inquérito que investiga a suposta participação de dirigentes da empresa em um esquema de fraude no comércio internacional.

A posição da Cisco foi divulgada em nota oficial distribuída pela assessoria de comunicação da empresa. De acordo com a nota, não há dados que comprovem que a empresa tenha agido de forma inapropriada. Mesmo assim, está “cooperando plenamente com as autoridades e, paralelamente, conduzindo uma meticulosa investigação interna”.

A Cisco do Brasil foi alvo da Operação Persona, deflagrada em conjunto pela Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal, no dia 16 de outubro. Entre 40 pessoas presas durante a operação, estavam o atual presidente da Cisco Systems do Brasil, Pedro Ripper, e o ex-presidente Carlos Roberto Carnevali.

A empresa é líder mundial no segmento de serviços e equipamentos de alta tecnologia para redes corporativas, para internet e para telecomunicações e está sendo acusada de participar de esquema bilionário de sonegação de impostos no comércio exterior.

Os dois executivos da empresa são suspeitos de comandar o esquema de fraude em operações de comércio exterior. Segundo a nota, outros dois funcionários da empresa foram presos. A Cisco também informa que está prestando toda assistência para os familiares dos presos e demais empregados da empresa.

Leia a nota:

Sobre as questões levantadas a respeito da investigação em curso na Polícia Federal, a Cisco vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

A Cisco tem participado desde o início, e de forma decisiva, da construção da Internet no Brasil. A Cisco se orgulha de suas contribuições para a economia brasileira, fornecendo redes críticas de Internet, e de sua participação ativa na promoção da inclusão digital no País. Nossa ética, integridade e obediência às leis são os valores centrais de nossa empresa.

Analisando os fatos aos quais tivemos acesso, não acreditamos que a Cisco agiu de forma inapropriada. Destacamos que a Cisco não importa produtos diretamente para o Brasil. As importações são feitas por revendedores. A Cisco está cooperando plenamente com as autoridades e, paralelamente, conduzindo uma meticulosa investigação interna. Diante desse desafio, seremos fiéis à nossa política de transparência.

Neste momento estamos empenhados em compreender a situação atual em todos os seus detalhes. Dos 44 mandados emitidos pelas autoridades brasileiras, quatro se referem a funcionários da Cisco. Nossos esforços estão voltados aos quatro funcionários detidos e apoio às suas famílias, assim como ao bem-estar das centenas de profissionais da Cisco no Brasil e aos muitos outros que auxiliam no suporte aos nossos clientes.

A Cisco assumirá responsabilidade e tomará as medidas cabíveis assim que forem finalizadas as investigações dos fatos. A cultura e a integridade de nossa empresa impõem essa conduta. Até que os fatos sejam totalmente conhecidos, seria prematuro e irresponsável de nossa parte especular sobre a situação.

Estamos tomando todas as medidas necessárias junto aos nossos parceiros para garantir a continuidade e o bom atendimento aos nossos clientes no Brasil.

In Press Porter Novelli

Assessoria de Comunicação

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