Propinoduto italiano

Justiça de Milão liberta dois réus da Telecom Italia

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17 de outubro de 2007, 14h50

A justiça italiana colocou em liberdade dois réus de proa do processo que investiga o propinoduto da Telecom Italia, montado dentro de um sistema de compra de informações para neutralizar a concorrência. Um dos campos de ação foi o mercado brasileiro de telefonia. A notícia é do Corriere della Sera.

Foram soltos Fabio Ghioni, considerado o cérebro dos ataques cibernéticos da Telecom; e Giuliano Tavaroli, o ex-chefe de Segurança da Telecom Itália e da Pirelli. Ghioni foi liberado por motivo de doença e está hospitalizado. Tavaroli esgotou todos os prazos para prisão preventiva e estaria colaborando “ainda que parcialmente” com as investigações.

Segundo relata o repórter Luigi Ferrarella, do Corriere, Tavaroli estava em regime de prisão domiciliar desde junho. Ele já sabia que, terminado o prazo de dois meses, iria ser libertado. Em setembro de 2006, ele foi preso pelo seu envolvimento na coleta de informações ilícitas, pagas com as verbas da Telecom Itália e da Pirelli. Concluiu-se que ele montou uma rede de investigadores privados italianos e estrangeiros que compravam informações confidenciais, coletadas em bancos de dados institucionais de funcionários do sistema de segurança governamental e até mesmo de outros espiões.

Ghioni foi preso pela invasão à rede de informática da RCs (do grupo Corriere della Sera), do então executivo Vittorio Colao e do jornalista do Corriere, Massimo Mucchetti. Em seu caso, pesou o agravamento de suas condições de saúde, examinadas por um perito e que acabou com a sua internação no hospital Niguarda, de Milão.

Ghioni e Tavaroli terão que se apresentar à polícia diariamente, a exemplo do que acontece com o ex-jornalista da revistaFamiglia Cristiana e consultor da Security da Telecom, Guglielmo Sasinini. Como sinal de sua reintegração, Sasinini apresentou uma carta do diretor do jornal Libero, Vittorio Feltri, que confirma a sua colaboração ao jornal, no qual atuam também Fausto Carioti e Davide Giacalone, e que estavam entre os alvos da investigação da Segurança da Telecom.

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