Operação Persona

Cisco diz, em nota, que vai apurar acusações feitas pela PF

Autor

17 de outubro de 2007, 13h05

Entre as 40 pessoas presas durante a Operação Persona da Polícia Federal, na última terça-feira (16/10), estavam o atual presidente da Cisco Systems do Brasil, Pedro Ripper, e o seu ex-presidente Carlos Roberto Carnevali. A empresa é líder mundial no segmento de serviços e equipamentos de alta tecnologia para redes corporativas, para internet e para telecomunicações e está sendo acusada de participar de esquema bilionário de sonegação de impostos no comércio exterior.

Os dois executivos da empresa são suspeitos de comandar o esquema de fraude em operações de comércio exterior investigado pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal na Operação Persona. Os dirigentes são acusados de formação de quadrilha, uso de documentos falsos, descaminho ou sonegação fiscal e corrupção passiva e ativa.

Em nota, a Cisco diz que as autoridades visitaram e fecharam temporariamente escritórios da empresa em São Paulo e no Rio de Janeiro. E também que um pequeno número de funcionários foi preso. “Não foi feita nenhuma acusação formal contra esses funcionários.”

A Cisco ressalta que cumpre as leis e regulamentações de todos os países em que atua e que, no momento, está apurando as acusações feitas pelas autoridades.

Leia o Comunicado

Comentário da Cisco sobre a Situação no Brasil

De acordo com as autoridades brasileiras, várias apreensões foram realizadas hoje no Brasil, ligadas a um suposto esquema de sonegação de impostos. De acordo com relatórios oficiais, a questão envolve um grupo de empresas brasileiras, pelos menos uma delas é um revendedor da Cisco no Brasil. Como parte deste esforço, as autoridades brasileiras visitaram e fecharam temporariamente os escritórios da Cisco em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nós entendemos que um pequeno número de funcionários foi detido. Não foi feita nenhuma acusação formal contra esses funcionários.

Os princípios fundamentais da Cisco incluem o cumprimento das leis e regulamentações de todos os países nos quais opera. No momento, nós estamos apurando os fatos para estabelecer o quê realmente aconteceu no Brasil e determinar como esta investigação envolve a Cisco. Nós estamos cooperando totalmente com as autoridades brasileiras.

A operação brasileira da Cisco faz parte da região América Latina, dentro da área de Mercados Emergentes. As vendas totais desta área representam aproximadamente 10% dos negócios gerais da Cisco. A Cisco não possui operações de vendas diretas no Brasil. Pelo contrário, nós vendemos nossos produtos através de parceiros diretos (“Tier 1”). Os negócios permanecem em andamento na região através destes parceiros.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!