Caça-níqueis

PF volta a prender acusados de explorar máquinas caça-níqueis

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29 de novembro de 2007, 13h55

A Polícia Federal voltou a cumprir, nesta quinta-feira (29/11), mandados de prisão contra acusados de exploração de 5.255 máquinas caça-níqueis contrabandeadas e apreendidas em dezembro do ano passado. Entre os presos estão os bicheiros Antonio Petrus Kalil, o Turcão, e Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, que se apresentou à PF no início da tarde. A informação é do O Globo.

A ação da Polícia é uma continuação da Operação Ouro de Tolo, deflagrada no fim de 2006. Nesta operação, desencadeada a partir de uma investigação do Ministério Público Federal, cerca de R$ 6 mil máquinas caça-níquel avaliadas em U$ 75 milhões foram apreendidas. Entre os investigados pela Operação Ouro de Tolo está o ex-chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins — que só não foi preso porque a Justiça negou o pedido de prisão preventiva dele. Pelo menos 77 policiais civis e militares foram presos por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e a máfia de caça-níqueis.

À época, o delegado Cristiano de Sampaio, lotado em Brasília na Coordenação Geral de Polícia Fazendária e responsável pela operação, disse que a operação acabaria com as “grandes casas em funcionamento” no Rio.

Em nota oficial, o MPF informou que as máquinas contêm peça (noteiro) cuja importação não é permitida no país e, além disso, eram manipuladas em prejuízo do usuário. O crime de falsidade ideológica é caracterizado por razão dos contratos sociais dos bingos e empresas de caça-níqueis serem constituídos por ‘laranjas’.

A denúncia foi inicialmente oferecida à 1ª Vara Federal Criminal, em 18 de outubro, mas como também foram usadas provas do processo da Operação Hurricane (Furacão, em inglês), o juiz encaminhou a denúncia para a 6ª Vara Federal Criminal. A juíza Valéria Caldi Magalhães recebeu a denúncia e decretou a prisão preventiva de todos os acusados. Os que não forem encontrados nesta quinta-feira, serão considerados foragidos da Justiça.

Turcão e Capitão Guimarães já haviam sido presos durante a Operação Hurricane da Polícia Federal, acusados de fazer parte de uma rede de corrupção para manter em funcionamento a máfia de caça-níqueis. Mas foram soltos em setembro, beneficiados por um Habeas Corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal.

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