Gentilezas cruzadas

Desembargador contrata irmã do governador que o nomeou

Autor

29 de novembro de 2007, 17h50

O novo desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba, Joás de Britto Pereira Filho, foi empossado no cargo na quarta-feira (28/11). Nesta quinta-feira, o Diário da Justiça do estado publica o primeiro ato de sua lavra: a nomeação para sua asessoria de Glauce Rodrigues de Cunha Lima, irmã do governador Cássio Cunha Lima, que o escolheu e nomeou para ocupar uma vaga no tribunal.

De acordo com notícia publicada no site de notícias paraíba.com.br, a atitude do novo desembargador está sendo interpretada por alguns como uma retribuição à nomeação feita pelo governador. Cunha Lima escolheu Joás de Brito Filho em lista tríplice de representantes da advocacia, pelo Quinto Constitucional, completada com os nomes de Caius Marcellus e Odon Bezerra

Glauce Rodrigues de Cunha Lima, a irmã do governador, ainda não tomou posse no cargo, mas já freqüenta o gabinete. A reportagem da revista Consultor Jurídico tentou falar com o desembargador, mas não obteve retorno. Funcionários do gabinete confirmaram a nomeação de Glauce para o cargo de assessora.

Joás de Britto já foi Procurador-Geral do Estado e trabalhou por cinco anos junto com Cássio Cunha Lima.

Próxima vaga

A juíza convocada Maria das Neves do Egito de Araújo Duda Ferreira será a próxima desembargadora do Tribunal de Justiça da Paraíba. Ela foi escolhida pelo presidente, desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro e vai ser homologada pelo Tribunal Pleno no dia 19 de dezembro.

A juíza foi escolhida pelo critério da antiguidade. Ela é a magistrada com mais tempo de atividade na justiça paraibana. Maria das Neves vai substituir o desembargador Manoel Paulino da Luz, que se aposenta, no dia 18 de dezembro, por atingir a idade-limite de atuação na magistratura (70 anos).

A futura desembargadora já se desempenha no tribunal. Em outubro, o Pleno do TJ-PB aprovou a prorrogação por 90 dias da convocação da juíza Maria das Neves, para atuar tanto no Tribunal Pleno quanto na 1ª Câmara Cível.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!