Crime sexual

Executivo americano é condenado por abuso sexual da filha

Autor

19 de novembro de 2007, 14h11

O vice-presidente da Merrill Lynch & Co, uma das maiores empresas de consultoria de investimentos dos Estados Unidos, foi condenado a pagar indenização US$ 8 milhões à sua filha, que o acusou de abuso sexual na adolescência. A decisão é da juíza Helen Shores Lee, de Birmingham, no Alabama. As informações são do site Findlaw. Cabe recurso.

Por todo o julgamento, os advogados de Fred M. Blackmon alegaram que os supostos abusos cometidos contra Louise Plott eram pura fantasia e não havia qualquer evidência dos atos. Parte das acusações da filha contra o pai é digna de roteiro de filmes de terror: o executivo teria remetido à filha, pelo correio, o polegar desmembrado de um feto e ainda tê-la supostamente forçado a ajudá-lo a esfaquear um mendigo idoso até a morte.

Segundo a juíza, os abusos sexuais foram seguidos. A magistrada cita um episódio em que, após ter sido coroada rainha em um baile de adolescentes, a jovem voltou para casa e, naquela noite, ao mostrar o prêmio ao pai, foi estuprada.

Na ação civil, a jovem pedia indenização de US$ 32 milhões por danos morais. “Espero que todas as vítimas de pais assim façam como eu: identifiquem-se à imprensa, para mostrar que temos coragem de relatar esse tipo de coisa”, disse Louise Plott.

A juíza tomou depoimento de 28 testemunhas, desde agosto passado. O executivo Fred M. Blackmon é famoso por doações a atletas e a instituições de caridade. Ele afirmou em juízo que dava US$ 8 mil mensais a sua filha, mas que interrompeu a mesada quando ela, em janeiro de 2006, fez as primeiras movimentações em busca de advogados para a ação. Seis psicanalistas e psiquiatras ouvidos em juízo sustentaram que Louise Plott “trazia os sintomas clássicos de quem sofreu esse tipo de abuso”.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!