Nada impede

Desembargador suspeito de corrupção deve ficar no cargo

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7 de novembro de 2007, 16h58

O Órgão Especial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS) decidiu, por unanimidade, não suspender o desembargador Nery Júnior de suas atividades. Ele é investigado pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva, entre outras suspeitas. A informação é do blog de Frederico Vasconcelos.

O MPF entendeu que Nery Júnior, que está sendo investigado na Operação Têmis, não poderia conduzir a Ação Penal contra o juiz federal João Carlos da Rocha Matos e a outro réu. Rocha Matos é acusado de prática de corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Para o TRF-3, nada impede que Nery Júnior conduza aquele processo, pois no seu caso há apenas um inquérito. O desembargador teve o gabinete vasculhado pela Polícia Federal durante a operação.

Deflagrada em 20 de abril, a Têmis mirou suposto esquema de vendas de sentenças judiciais em favor de bingos e empresas devedoras do Fisco. Ao todo, 43 pessoas foram investigadas – entre desembargadores e juízes federais, empresários e advogados de São Paulo, Rio de Janeiro e Campo Grande (MS).

Além de Nery Júnior, o MPF chegou a pedir a prisão de outros dois desembargadores do TRF-3 — Alda Basto e Roberto Haddad — e dos juízes federais Maria Cristina Barongono, Djalma Moreira Gomes e Manoel Álvares. O pedido foi negado pelo ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça.

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