Lavagem de dinheiro

Administradores da Portocred são condenados a 13 anos de prisão

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6 de novembro de 2007, 23h01

Cinco ex-administradores da Portocred, foram condenados pela Justiça Federal de Porto Alegre, a penas que chegam a 13 anos e 8 meses de reclusão, além de multas, pelos crimes de operação irregular de instituição financeira e lavagem de dinheiro.

A denúncia, oferecida pelo Ministério Público Federal contra João Batista Urrutia Jung, Luiz Carlos Fagundes Júnior, José Alexandre Guilardi de Freitas, Léo Ismar Lewgoy e Júlio Cesar Carvalho da Fonseca refere-se a fatos ocorridos entre janeiro de 1999 e agosto de 2000.

Segundo o MPF, os réus operaram, dentro da Portocred, uma instituição financeira paralela e clandestina, que captava de forma irregular recursos de terceiros para serem lavados.

Os réus utilizavam pessoas jurídicas, constituídas em nome próprio e de terceiros, através das quais captavam recursos públicos, sob a forma de aplicações, além de fazerem empréstimos. As operações eram realizadas dentro de empresas não-autorizadas pelo Banco Central. Funcionavam sob o controle dos gestores da Portocred.

Eles também induziram a erro o BC, sonegando informações sobre as operações financeiras. O Banco Central ignorava completamente a prática dos administradores e a real situação financeira da Portocred.

Em 2007, a mesma quadrilha foi presa na Operação Ouro Verde praticando delitos idênticos. No entanto, com o uso de recursos mais sofisticados, que envolviam redes de informação no exterior. Esta nova Ação Penal, pela prática dos delitos de organização criminosa, tramita na 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre. A ação atribui aos réus a movimentação de valores que, entre setembro de 2002 a julho de 2006, alcançam mais de R$ 2,4 bilhões.

Notícia modificada para correção de informação em 7 de novembro (quarta-feira), às 13h30.

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