Sem escolha

Réu não consegue evitar pena de morte por injeção letal nos EUA

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6 de novembro de 2007, 16h55

Um detento do Alabama, condenado à morte, não conseguiu ter seu pedido atendido na Suprema Corte dos Estados Unidos. Ele está com câncer, em fase terminal, no pâncreas. Ele queria o direito de morrer em decorrência de seu câncer e não por injeção letal aplicada na execução. Mas seu recurso não foi julgado por perda de prazo. As informações são do site Findlaw.

Daniel Lee Siebert, 53 anos, foi condenado por homicídio quádruplo. E também é acusado de ter matado sua vizinha de porta, Sherri Weathers, e seus dois filhos, em 19 de fevereiro de 1986.

Em junho deste ano, foi detectado câncer de pâncreas que, segundo os médicos, pode causar a morte em questão de semanas. “Luto para morrer naturalmente”, diz Daniel Lee Siebert. Ele alega que a injeção letal, a ser empregada em sua execução, teria química que, misturada com os medicamentos que consome para atenuar as dores do câncer, ampliariam sua dor e sofrimento.

A execução por injeção letal, nos EUA, obedece a um ritual: os tubos intravenosos que carregam o veneno têm 1,8 metro de comprimento. Esta medida serve para garantir que os executores se mantenham a uma “distância crítica” do condenado e fiquem fora do foco de visão das testemunhas. Por outro lado, os tubos estão sujeitos a falhas que impedem o fluxo normal da substância letal até o organismo do condenado.

Caso seja sedado de forma inadequada pelos funcionários da prisão, o agente paralisante apenas faz o condenado parecer sereno, mas pode causar dores que geram profunda sensação de queimação. Em 2005 o jornal médico britânico Lancet afirmou que a maioria dos condenados à morte por injeção letal sofre “dores terríveis”.

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