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Justiça paulista entra na era da Tecnologia da Informação

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1 de novembro de 2007, 23h00

O Judiciário paulista entrou na era da Tecnologia da Informação (TI) e já tem um “bunker” de onde controla todas as operações eletrônicas e impede a invasão de bisbilhoteiros na rede do maior tribunal da América Latina. São 130 servidores instalados em ambientes monitorados por sensores, com acesso restrito, controlado por sistema biométrico digital.

A sala do Núcleo de Operações e Controle está instalada no térreo do velho prédio do Fórum João Mendes Júnior, na região central da capital paulista. É conhecido pela sigla em inglês NOC (Network Operation Center) e custou cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos.

O Núcleo é um setor vital para o gerenciamento de qualquer data center, responsável por todas as atividades de suporte e gerenciamento dos serviços de infra-estrutura, em regime integral.

“É o coração do Judiciário paulista. Está equipado com tecnologia de última geração, o que existe de mais moderno no mundo. Dali podemos controlar todas as atividades eletrônicas em qualquer comarca ou fórum do rstado e detectar imediatamente problema no sistema ou invasão da rede”, afirma o juiz assessor da Presidência, Eduardo Francisco Marcondes, responsável pela área de informática e comunicação do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Núcleo de Operações e Controle foi inaugurado em 19 de julho, com a presença do presidente do Tribunal de Justiça, Celso Limongi, do secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, e do secretário municipal dos Negócios Jurídicos, Ricardo Dias Leme.

A sala foi projetada por várias empresas especializadas em estruturas de segurança de Tecnologia da Informação (TI). O Centro funciona como uma gerência de redes, sistemas e segurança. Equipado com softwares de última geração de tecnologia assinada por empresas como Microsoft, Symantec e Trend, o NOC usa ferramentas específicas para identificr vulnerabilidades em sistemas e verificar se tudo está de acordo com a linha de base de segurança.

O Centro de Operações de Rede é uma criação da Secretaria de Tecnologia da Informação – braço administração do Tribunal de Justiça — para melhoria dos serviços prestados a usuários da justiça paulista. Além do NOC, a secretaria fez outros investimentos na infra-estrutura de Tecnologia da Informação.

Um deles é Data Center — um centro de processamento de dados, planejado para hospedar equipamentos. O local funciona como a memória processual do Tribunal de Justiça, concentrando dados de todos os processos, tanto os jurisdicionais como os administrativos.

Para se livrar de eventuais ataques externos, estes setores são equipados com dispositivos de segurança que até agora garantiram a inviolabilidade dos sistemas. “Diariamente sofremos inúmeros ataques, mas a tecnologia que usamos é muito moderna e não houve qualquer comprometimento do sistema de dados”, afirmou o juiz Eduardo Marcondes.

O Cento de Operações de Rede é a prova de segurança. O acesso é restrito e utiliza leitura biométrica digital. A sala é equipada com ar condicionado, alarmes que detectam fumaça e incêndio, controle de umidade do ar e gerador de energia. O detector de incêndio funciona por leitura a laser, que detecta a presença de partículas no ar, gerando informações de alertas nos sistema de computadores. Se o problema não for solucionado, o sistema dispara um gás que preenche o ambiente e combate o fogo com resfriamento físico-químico.

De acordo com a assessoria do TJ paulista o Núcleo de Operações e Controle tem despertado interesse de órgãos públicos e empresas privadas. O motivo seria a qualidade dos equipamentos compatíveis com o melhor do mercado mundial de Tecnologia da Informação. O NOC recebeu a desembargadora Maria Cristina Zucchi acompanhada da Comitiva do Judiciário dos Estados Unidos; representantes da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo; integrantes da Polícia Civil do Estado de São Paulo e da empresa TIM Celular.

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