Na cauda da Enron

Investidores americanos temem ações por fraude financeira

Autor

29 de março de 2007, 17h19

Os grandes escândalos financeiros da última década, nos Estados Unidos, como os da Enron e Worldcom, transformaram a Suprema Corte americana em território duríssimo para os agentes do mercado de capitais em ações contra empresas públicas. Investidores, mais do que nunca, temem ações fraudulentas que devem chegar à Suprema Corte. A análise é do site Findlaw.

“Certamente há uma trava naquela Corte para investidores”, avalia Chris Mather, uma porta-voz da Associação Americana de Justiça, grupo que representa advogados acostumados a tais julgamentos. A Comissão de Seguros e Câmbio (SEC), por exemplo, diz que se posta ao lado do governo Bush e mantém sua postura de cão de guarda do mercado de ações. O porta-voz da SEC, Christopher Cox, admite que os investidores temem, como nunca, as “ações fraudulentas”.

Cox tem como referência o caso Enron. A Enron foi à falência em dezembro de 2001 depois de descobertas fraudes em seus balanços contábeis. A Enron, com sede em Houston. No Texas, empregou cerca de 21 mil pessoas e foi uma das líderes mundiais em distribuição de energia (eletricidade, gás natural). Seu faturamento chegou a atingir US$ 100 bilhões. Também chegou a ser a sétima maior companhia dos Estados Unidos. A quebra da empresa gerou perdas de US$ 60 bilhões, no mercado de ações, e de US$ 2 bilhões em fundos de pensão.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!