O antídoto

PF deflagra operação contra fraude em medicamentos

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22 de março de 2007, 14h48

A Polícia Federal deflagrou, na madrugada desta quinta-feira (22/3), a Operação Antídoto. O objetivo é desmantelar uma quadrilha que fraudava licitações para aquisição de medicamentos. A operação acontece nas cidades de Macapá (AP), Belém (PA), Fortaleza (CE), Altamira (PA) e Tartarugalzinho (AP) com cumprimento de 19 mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão e conta com a participação de 139 policiais federais.

As investigações foram iniciadas, em março de 2006, após denúncia de um dos envolvidos com o esquema das fraudes. A partir daí, a PF passou a monitorar as ações dos envolvidos. De acordo com os policiais, o esquema de fraudes tinha a participação de empresas em licitações, principalmente no estado do Amapá, para aquisição de medicamentos, concorrendo com preços muito abaixo dos praticados no mercado para vencer a concorrência.

Em seguida, as empresas vencedoras não cumpriam totalmente o fornecimento da mercadoria. Em alguns casos somente cerca de 60% da mercadoria era entregue. O restante do fornecimento era atestado por servidores públicos, participantes do esquema, como se tivessem sido totalmente realizados. Os pagamentos às empresas eram acelerados pelos agentes públicos, informa a PF.

No esquema havia participação de empresários, servidores públicos (incluindo um licenciado que atuava como articulador) e um agiota. A PF detectou a participação de cinco empresas nas fraudes, que eram praticadas desde 2003.

A operação é feita com ações de apreensão de bens, documentos, agendas, computadores, livros contábeis e agendas, em residências, empresas, órgãos públicos e escritórios contábeis. Os envolvidos responderão por corrupção ativa e passiva, fraudes em licitação, tráfico de influência, inserção de dados falsos em sistema de informação público, usura, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A operação

O nome da operação foi escolhido depois de uma comparação com o esquema, que seria o “veneno” contra a saúde e o patrimônio público. Já a ação policial seria o “antídoto”.

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