Bombas e atentados

Pentágono transcreve confissão de preso de Guantánamo

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21 de março de 2007, 15h48

Um cidadão do Iêmen, apontado como suposto integrante do grupo terrorista Al-Qaeda, teria confessado que instalou bombas no navio de guerra USS Cole e em duas embaixadas dos Estados Unidos, na África. Os dois atentados foram os primeiros que Osama bin Laden planejou contra os Estados Unidos anos antes dos atentados de 11 de setembro. As informações são do site Findlaw.

A transcrição da confissão foi divulgada pelo Pentágono na terça-feira (20/3). O acusado Waleed bin Attash teria confessado, na semana passada, que ele pessoalmente colocou as bombas, em 1998, nas embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, quando morreram 200 pessoas. E teria também, em 2000, colocado as bombas no USS Cole, onde morreram 17 marinheiros.

A confissão é a primeira feita pelos chamados “14 de Guantánamo”. O nome é dado ao grupo de 14 pessoas, presas na base Naval de Guantánamo, em Cuba, dentre as 385 detidas sob acusação de terrorismo.

A confissão é colocada sob suspeita por grupos progressistas dos Estados Unidos. Motivo: a tortura psicológica é admitida como forma de se obter confissões em Guantánamo.

No início de março o Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgou que 14 dos maiores “inimigos de combate” detidos na Base Naval de Guantánamo começariam a ser julgados por cortes marciais. Segundo Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono, os julgamentos serão sempre a portas-fechadas “por motivos de segurança nacional”.

A prisão da base naval de Guantánamo, a 144 quilômetros de Miami, foi criada em 11 de janeiro de 2002. Para lá foram enviados os prisioneiros capturados pelas forças dos Estados Unidos que invadiram o Afeganistão logo após os atentados contra as torres gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001.

Outros suspeitos de terrorismo também foram enviados para a prisão.

Desde sua inauguração, já passaram pela ilha 775 prisioneiros, classificados como “inimigos combatentes”, sem acusação, processo ou julgamento. Entre os presos, 17 eram menores de 18 anos. Hoje, há presos de 35 diferentes países, mas nenhum americano.

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