Cargo em jogo

MP se reúne para decidir se expulsa o promotor Thales Schoedl

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19 de março de 2007, 17h31

O Conselho Superior do Ministério Público se reunirá, nesta terça-feira (20/3), para decidir se expulsa ou não de seus quadros o promotor de Justiça Thales Ferri Schoedl. Ele foi exonerado em 1º de setembro de 2005 porque matou Diego Mendes Modanez e feriu Felipe Siqueira Cunha de Souza após discussão no dia 30 de dezembro de 2004.

O crime aconteceu em Riviera de São Lourenço, condomínio de classe média alta em Bertioga, no litoral paulista. Ferri Schoedl disparou 12 tiros com uma pistola semi-automática calibre 380. Diego Mondanez foi atingido por dois disparos e morreu na hora. Felipe Siqueira, da mesma idade, foi baleado quatro vezes, mas sobreviveu.

Em maio de 2006, o promotor ajuizou, com sucesso, Mandado de Segurança no Tribunal de Justiça de São Paulo para afastar a exoneração. O pedido foi aceito pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo. Os desembargadores reconheceram a nulidade da decisão do Conselho Superior do Ministério Público que determinou o não-vitaliciamento e a exoneração do promotor de Justiça.

O TJ paulista confirmou a liminar e permitiu que Schoedl voltasse ao cargo, mas sem exercer suas funções. A ação foi ajuizada pela defesa dele em janeiro do ano passado. No mesmo mês, o desembargador Canguçu de Almeida, vice-presidente do TJ, acolheu o pedido de liminar e o então o promotor voltou a receber os salários e demais vantagens.

Agora, os promotores se reúnem, na sede do Ministério Público, em São Paulo, para definir se Schoedl será expulso. Serão necessários dois terços dos votos dos procuradores( 9 votos dos 11 procuradores) que compõem o Conselho Superior para que a expulsão seja efetivada.

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