Trabalho racional

STF e USP se unem para melhorar rotina de trabalho na Corte

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9 de março de 2007, 0h01

A Fundação Arcadas, instituição ligada à Universidade de São Paulo, vai ajudar os ministros do Supremo Tribunal Federal a racionalizar os trabalhos nos gabinetes. O tribunal e a instituição vão desenvolver estudos com o objetivo de melhorar a rotina de trabalho nos gabinetes.

Uma equipe liderada pelo professor Luiz Natal Rossi, da USP, começa a trabalhar na próxima semana com a instalação do projeto piloto no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski. A equipe é composta por alunos e professores da área jurídica, de informática, de qualidade das organizações e de engenharia de produção.

Inicialmente serão feitas entrevistas com os servidores, reuniões de trabalho em grupo, levantamento da infra-estrutura de informática de apoio e mapeamento dos departamentos do tribunal. Com base nas informações, serão desenvolvidas novas formas para se alcançar um melhor desempenho e qualidade nos trabalhos do tribunal.

De acordo com o diretor-geral do STF, Sérgio Pedreira, esse acordo de cooperação é um passo muito importante no processo de aprimoramento das rotinas de trabalho nos gabinetes dos ministros do tribunal. “Estamos convictos de que o tribunal está avançando com o apoio metodológico e com essa qualificação da Fundação Arcadas para melhorar nossa rotina de trabalho.”

Os recursos para a aplicação do trabalho serão trazidos pela universidade e o projeto, segundo o presidente da fundação Arcadas, Cássio de Mesquita Barros Júnior, é uma cortesia da instituição, sem nenhum custo para o STF.

Para o professor Luiz Natal Rossi, coordenador das atividades, o projeto busca a “otimização do trabalho, uma forma de trabalhar melhor, de maneira mais confortável, mais produtiva”. Para isso, é necessário o envolvimento de todas as pessoas do local a ser implantado o projeto. A função da equipe do professor Rossi é “trazer técnica, fazer mapeamento, e tentar oferecer meios mais ágeis em função de experiências anteriores”.

O STF vai ganhar com a agilidade do trabalho e a USP vai ganhar principalmente com o aprendizado, diz o professor. “Para nós, é muito importante desenvolver modelos, porque a gente só aprende na prática.” Um dos maiores ganhos, de acordo com Rossi, é aproximar a atividade acadêmica da atividade prática e fazer uma interação entre alunos, professores, profissionais de pós-graduação, entre outros. “Espero que seja um modelo feliz que possa ser até exportado para outras universidades.”

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