Primeira vez

Brasil aparece na lista de países que exportam heroína

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2 de março de 2007, 10h18

O Departamento de Estado americano divulga, tradicionalmente todo o dia 1º de março, seu relatório anual sobre tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. No relatório, que pode ser lido em inglês no site www.state.gov, o Brasil aparece entre os nove países que mais produzem e exportam ilegalmente éter e acetona para o refino do pó colombiano ao lado da Argentina, Canadá, Alemanha, Índia, México Holanda e Estados Unidos. O Brasil aparece, pela primeira vez, na lista de países exportadores de heroína, ainda que em pequenas porções.

Hoje, segundo as Nações Unidas, as dez principais máfias do mundo, enraizadas em 23 países, incluindo o Brasil, movimentam por ano cerca de US$ 3 trilhões, gerados a partir de US$ 200 bilhões nascidos da diversificação de negócios que têm como base o tráfico de cocaína.

O Departamento de Estado dos EUA chama atenção para a tríplice fronteira com Paraguai e Argentina, definindo a região como “particularmente porosa”. Em relação ao Brasil, as operações da Polícia Federal são elogiadas e mencionadas as “13,2 toneladas métricas de cocaína, 144 quilos de crack e 161 toneladas métricas de maconha apreendidas”, além da apreensão de 57 quilos de heroína, tudo em 2006.

Elogia-se também o confisco de “2 aviões, 909 carros, 179 motocicletas, 14 barcos, 660 armas de foto e 1,897 telefones celulares” de narcotraficantes em 2006. A PF também prendeu “75 policiais estaduais no Rio de Janeiro, que estavam envolvidos com jogos ilegais e gangues de narcotráfico”, conforme o relatório.

O documento aponta ainda que “a cocaína vinda da Bolívia e a maconha vinda do Paraguai abastecem o mercado interno do Brasil”. Além disso, “a cocaína de alta qualidade vinda da Colômbia passa pelo Brasil e vai para o Oriente Médio, Europa e África”.

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