Tiros na Justiça

Julgamento de acusado de assassinar juiz é adiado

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14 de maio de 2007, 19h30

Foi adiado para novembro o julgamento de Reinaldo Teixeira dos Santos, um dos acusados pelo assassinato do juiz Antonio José Machado Dias, de Presidente Prudente (SP). O crime aconteceu em 2003. O juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri da Capital, suspendeu a sessão porque uma testemunha não foi encontrada.

O Júri estava marcado para esta segunda-feira (14/5). Seria o terceiro julgamento do caso. Em dezembro, a Justiça condenou Ronaldo Dias, o Chocolate, a 16 anos e oito meses de reclusão, por homicídio duplamente qualificado — motivo torpe e mediante emboscada. Em fevereiro, foi a vez de João Carlos Rangel Luisi, o Jonny, receber sentença de 19 anos de reclusão. O outro acusado, Adilson Daghia, o Ferrugem, também não foi julgado.

O juiz foi morto, no dia 14 de março de 2003, ao deixar o Fórum onde trabalhava em seu carro. Machado foi assassinado com vários tiros em uma emboscada. A morte teria sido encomendada por líderes da organização criminosa PCC — Primeiro Comando da Capital. Os criminosos estariam descontentes com a atuação rigorosa do juiz na condução da Corregedoria dos Presídios.

O julgamento dos acusados, inicialmente, estava previsto para ocorrer em Presidente Prudente. Mas por motivo de segurança, uma decisão transferiu o júri para São Paulo.

O pedido foi feito pelo juiz Antônio Roberto Syllas e subscrito por todos os promotores de Justiça da região e pela própria defesa. O fundamento foi o de que em Presidente Prudente não existiria julgamento imparcial porque clima é de revolta. A ordem e a segurança também estariam ameaçadas.

Segundo o juiz, várias ameaças de bombas foram endereçadas às Polícias Civil e Militar. Syllas relatou que jurados amedrontados pediram para ser dispensados do julgamento e ter excluídos seus nomes da lista do conselho de sentença.

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