História mal contada

Livro é apreendido por conter erros históricos e de português

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11 de maio de 2007, 15h49

Obra educativa não pode ter equívocos históricos e erros de ortografia. Se esses problemas ocorrerem na edição, o livro não pode ser distribuído. O entendimento é do juiz da 2ª Vara Cível de Porto Velho, Jorge Luiz Gurgel do Amaral, que suspendeu a circulação do livro O surgimento de Porto velho em quadrinhos. Também foi expedido mandado de busca e apreensão dos exemplares na editora Avicena Studios.

O juiz impede, ainda, que haja nova tiragem até que sejam feitas as devidas correções. Também deverá ser retirado do expediente do livro a assinatura da supervisora pedagógica, autora da ação.

Segundo ela, a proposta do livro em quadrinhos foi alterada durante o processo de confecção. Em vez de estimular o “conhecimento histórico de uma forma paralela e inovadora para o público alvo formado por crianças, estudantes e idosos”, a obra foi transformada em “ficção literária, recheada de fantasias e personagens fictícios, trazendo inúmeros equívocos históricos e falhas de revisão, ortografia e impressão, transformando o livro em disseminador de idéias erradas”.

Em razão dos equívocos, o livro, segundo a supervisora pedagógica, virou motivo de chacota, sendo qualificado por jornalistas como “baboseiras” e “samba do crioulo doido”.

Para o juiz, “os erros grosseiros de ortografia e equívocos históricos graves, além de macular a imagem e o conceito da parte requerente, comprometem seriamente qualquer pretensão educativa da obra”, que “é coisa muito séria, exigindo competência e responsabilidade”.

A liminar prevê multa de R$ 10 mil caso haja a reimpressão de novas tiragens sem as devidas correções.

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