Vitória dos detentos

Suprema Corte dos EUA vai rever caso de presos de Guantánamo

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29 de junho de 2007, 17h58

Em uma decisão inesperada, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou, nesta sexta-feira (29/6), os argumentos da administração George W. Bush e decidiu rever o caso dos presos de Guantánamo. Agora, os juízes da mais alta corte querem decidir se os presos da Base Naval de Guantánamo podem fazer uso de cortes civis para colocar fim às suas prisões por tempo indeterminado. As informações são do The New York Times on line.

“Trata-se de uma vitória sem precedentes para os presos da base”, avalia Eric Freedman, professor de direito constitucional da Faculdade Hostra de Direito e consultor jurídico dos detentos.

A prisão da base naval de Guantánamo foi criada em 11 de janeiro de 2002. Para lá, foram enviados os prisioneiros capturados pelas forças dos Estados Unidos que invadiram o Afeganistão logo após os atentados contra as torres gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001.

Outros suspeitos de terrorismo também foram enviados para a prisão. Desde sua inauguração, já passaram pela ilha 775 prisioneiros, classificados como “inimigos combatentes”, sem acusação, processo ou julgamento. Entre os presos, 17 eram menores de 18 anos. Hoje, há presos de 35 países diferentes, mas nenhum americano. Atualmente, há na base 14 presos acusados de serem “inimigos de combate”.

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